E tutti gli altri fuori! Il problema intrinseco della famiglia

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E tutti gli altri fuori! Il problema intrinseco della famiglia

…E TUTTI GLI ALTRI, FUORI! IL PROBLEMA INTRINSECO DELLA FAMIGLIA

Il problema della famiglia è legato al concetto stesso di nucleo a se stante all’interno di un insieme che dovrebbe essere omogeneo e che si chiama società. L’eterogeneità delle diverse famiglie che compongono la struttura sociale determina, invece, l’esistenza di un sistema che, invece di collaborare, confligge.

La causa principale della frequente tendenza patologica della cellula famiglia non è dovuto esclusivamente alla presenza di personalità distoniche o aberranti, come spesso si crede, ma alla definizione stessa di nucleo separato e, in quanto tale, diverso in opposizione e non in attrazione rispetto agli altri nuclei. Eppure sono in molti a pensare che gli opposti si attraggano. Molti evidentemente ma non abbastanza.

Concetti come appartenenza, consanguineità, parentela legano i componenti del nucleo in misura direttamente proporzionale alla divisione e al distanziamento dal resto del mondo. Se appartengo a una famiglia, l’altra non è un’estensione del mio perimetro ma un’entità in contrasto col mio mondo e portatrice di pericolo per l’esistenza stessa del mio universo. Vediamo il mondo come luogo costante di “o, o” invece di “e, e”. Se c’è il mio non può esserci il tuo; e questo senso di separazione porta anti-patia, xeno-fobia e alla fine odio, senza che ci sia mai un vero perché. E continuiamo col circo delle “tribù”, delle “gentes” e dei “clan”, schiavi dell’appartenenza, per nascita, a un colore che non abbiamo mai scelto e tantomeno contribuito a creare.

Siamo al problema di sempre: escludere invece di includere. Anche quando si tratta di parenti acquisiti, siamo sempre in presenza di un elemento estraneo, alieno e non invece intimo, proprio.

La mia domus è migliore! Entrano in gioco le scale di tonalità. Il bianco esclude il nero, il rosso esclude il verde. Se sei questo, non puoi essere l’altro.

D’altronde, l’ipotesi etimologica che la parola famiglia derivi da “famulus”, cioè schiavo, ci fa comprendere bene che non siamo padroni in casa nostra.

Nelle filosofie orientali si ritiene che ognuno di noi sia “Quello” cioè il Dio, la Vita, l’Essere, il Tutto. Ognuno di noi può essere addirittura Dio stesso ma mai l’altro. Posso arrivare a pensarmi come immagine dell’Essere, ma mai come immagine dell’altro.

Fino a che ragioneremo così, la società non cambierà mai. Potremmo inventarci nuove forme di stato e nuove forme di governo. Alla fine arriveremo sempre all’implosione interiore, come crisi psicologica, e all’esplosione esterna, come conflitto sociale.

Se le cellule di uno stesso organo fossero in contrasto, in competizione e in opposizione costante con le altre cellule, un corpo biologico non riuscirebbe neppure a raggiungere il minimo sviluppo.

Ma, d’altronde, ogni famiglia ha i figli più belli, più intelligenti e migliori di quelli delle altre e quindi: tutti gli altri, fuori!

Perché invece di evolvere come razza umana, pretendiamo il volo pindarico del singolo? Così otteniamo soltanto il collasso collettivo e il suicidio sociale, quando non fisico, dei nostri giovani esasperati da un modello competitivo dove esistono ancora categorie di valori basati sul primato.

Chi corre più veloce sugge dalla mammella del sistema che proclama, come unico valore rimasto, il raggiungimento della fama. Gli altri possono andarsene o restare a guardare un caleidoscopico reality show simulacro dell’unica e originale vita umana.

Consiglio due letture:

Arnaldo Rascovsky: “Il Figlicidio

Bruno Bettelheim: “I Figli del Sogno

...E TODOS OS OUTROS, FORA! O PROBLEMA INTRÍNSECO DA FAMÍLIA

Traduzido por Gabrielle Foletto

O problema da família está ligado à própria concepção de um núcleo autônomo dentro de um todo que deveria ser homogêneo e que se denomina sociedade. A heterogeneidade das diferentes famílias que compõem a estrutura social, por outro lado, determina a existência de um sistema que, ao invés de colaborar, conflita.

A principal causa da tendência patológica frequente da célula familiar não se deve exclusivamente à presença de personalidades distônicas ou aberrantes, como muitas vezes se acredita, mas à própria definição de um núcleo separado e, como tal, diferente em oposição e não em atração em relação aos demais núcleos. No entanto, muitos pensam que os opostos se atraem. Muitos, obviamente, mas não o suficiente.

Conceitos como pertencimento, consangüinidade, parentesco vinculam os componentes do núcleo em proporção direta à divisão e distanciamento do resto do mundo. Se pertenço a uma família, a outra não é uma extensão de meu perímetro, mas uma entidade em contraste com meu mundo e uma portadora de perigo para a própria existência de meu universo. Vemos o mundo como um lugar constante de “ou, ou” em vez de “e, e”. Se existe o meu, não pode existir o seu; e essa sensação de separação leva à anti-patia, xeno-fobia e, em última análise, ao ódio, sem nunca ter um porquê real. E continuamos com o circo das “tribos”, “gentes” e “clãs”, escravas da pertença, por nascimento, a uma cor que nunca escolhemos, muito menos ajudamos a criar.

Estamos no problema de sempre: excluir em vez de incluir. Mesmo quando se trata de parentes adquiridos (como sogros, por exemplo), estamos sempre na presença de um elemento estranho, alheio e não íntimo, apenas.

A minha domus é a melhor! Escalas de tonalidades entram em jogo. Branco exclui preto, vermelho exclui verde. Se você é isso, não pode ser outro.

Por outro lado, a hipótese etimológica de que a palavra família deriva de “famulus”, que significa escravo, nos faz entender bem que não somos patrões em nossa própria casa.

Nas filosofias orientais acredita-se que cada um de nós é “Aquele” que é Deus, Vida, Ser, Tudo. Cada um de nós pode até ser o próprio Deus, mas nunca o outro. Posso chegar a me ver como uma imagem do Ser, mas nunca como uma imagem do outro.

Enquanto pensarmos assim, a sociedade nunca mudará. Poderíamos inventar novas formas de Estado e novas formas de governo. No final, chegaremos sempre à implosão interna, como crise psicológica, e à explosão externa, como conflito social.

Se as células de um mesmo órgão estivessem em constante contraste, competição e oposição com outras células, um corpo biológico nem mesmo seria capaz de atingir o menor desenvolvimento.

Mas, por outro lado, cada família tem os filhos mais bonitos, mais inteligentes e melhores do que as outras e, portanto: todos os outros, fora!

Por que, em vez de evoluir como raça humana, esperamos o vôo pindárico do indivíduo? Assim, só temos o colapso coletivo e o suicídio social, senão físico, de nossos jovens exasperados por um modelo competitivo onde ainda existem categorias de valores baseados na primazia.

Quem corre mais rápido suga do seio do sistema que proclama, como único valor remanescente, a conquista da fama. Outros podem sair ou ficar e assistir a um caleidoscópico reality show que é um simulacro da única vida humana original.

Eu recomendo duas leituras:

Arnaldo Rascovsky: “O Figlicídio

Bruno Bettelheim: “Os Filhos do Sonho”.

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